segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Furacão Irene: Conheça o relato do brasileiro que presenciou o furacão!


Em Agosto de 2011 o Furacão Irene atingiu Haiti, República Dominicana e Porto Rico, deixando quatro vítimas. No dia 25 de Agosto chegou às Bahamas com categoria três, foi anunciado, então, que seu próximo destino seria a Costa Leste dos Estados Unidos. Autoridades locais previam que seria o maior desastre presenciado pelos norte-americanos.

Vamos conhecer Renan Fayer Brandet que, meses antes estava programando suas tão esperadas férias em Nova Iorque e nem imaginava o que iria acontecer!  Renan vivenciou esse momento tão dramático nos EUA e nos conta detalhes dessa experiência.  


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Não.veja.leia
 Onde você estava quando soube o que estava por vir e qual foi a sua reação?



Renan: Estava andando pela Wall Street quando vi que colocavam panfletos nas portas das igrejas avisando que as missas de domingo estavam suspensas por causa do furacão. Mas até então não estava levando a sério, pois nunca havia ouvido falar de um furacão chegando a Nova Iorque. No final da tarde, estava na Times Square quando recebi uma ligação do Brasil alertando-me de que o furacão estava chegando e que poderia causar muitos estragos! Foi nesse momento que comecei a prestar atenção aos inúmeros carros de policia e de bombeiros que passavam pelas ruas com a sirene ligada

Nessa noite houve um pronunciamento do presidente Barack Obama, que disse que todos deveriam permanecer em suas casas e que não era para desacreditar na força do furacão, pois ele poderia ser mais devastador que o Katrina. Avisou, também, que pela primeira vez na história de Nova Iorque os transportes públicos seriam fechados por tempo indeterminado.  

Nesse momento as pessoas começaram a dirigir-se para suas casas e mercados para comprar água e alimentos, pois já era claro que os estabelecimentos ficariam fechados durante todo o tempo de risco. Nesse momento fiz como todos eles, fui ao mercado comprei bolachas, água e tudo mais que poderia armazenar em um quarto de hotel. E, naquele quarto, fiquei trancado por dois dias até tudo se acalmar e a vida lá fora voltar ao normal


Foto tirada do hotel, ruas vazias em Manhattan.

Não.veja.leia: Como os nova-iorquinos estavam lidando com a situação?

Renan: Estavam calmos. Acredito que por estarem acostumados a passar por catástrofes naturais todos os anos. O clima de medo era mais noticiado no jornais brasileiros do que nos americanos. Eles são muito organizados e cumprem o que a policia recomenda sem reclamar, o que faz uma diferença muito grande em uma situação dessas. Quando o presidente pediu a todos que não deixassem suas casas, ninguém saiu, as ruas ficaram vazias. Em momento algum vi cenas de histeria ou revolta por serem privados do direito de ir e vir.

Não.veja.leia: Você tentou voltar para o Brasil?

Renan: Não, pois estava no inicio da viagem e em dois dias embarcaria para Las Vegas. Tentei antecipar a data do vôo, mas sem sucesso porque todos os aeroportos estavam fechados e sem previsão para volta. Sendo assim, fiquei um dia a mais que do planejado em Nova Iorque.


Não.veja.leia: Como lidou com a sua família e amigos?

Renan: Em nenhum momento disse para as pessoas do Brasil o que realmente estava acontecendo por lá. Eu sempre dizia que estava bem longe da área de risco e que estava tudo muito calmo.


Não.veja.leia: Onde você estava hospedado? O lugar tinha estrutura para abrigá-lo durante a passagem de um furacão?

Renan: Estava hospedado em um hotel paralelo com a Times Square, ou seja, estava bem na barreira do local de risco. Como estava no décimo quarto andar, e uma das paredes do quarto era de vidro, conseguia ver muita coisa lá de cima. O que fazia com que eu sentisse mais medo ao pensar que se houvesse um vento muito forte tudo aquilo poderia quebrar!
 Quanto ao abrigo, não havia nenhum. Só estavam sendo deslocadas para abrigos do governo as pessoas que estavam em lugar térreo, pois o risco de inundação era alto.


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Na manhã de 28 de agosto o furacão Irene chegou a Nova Iorque, com ventos de 104 km/h foi considerado uma tempestade tropical. Alagou algumas ruas da Baixa Manhattan e cortou o fornecimento de energia elétrica. Próximo a Coney Island o olho do furacão tocou a terra. Havia cerca de 30 centímetros de água na região.




Entrevistado: Renan Fayer Brandet, 22 anos, Brasileiro, Formado em Administração.
Imagem fornecida pelo entrevistado.
Fonte de pesquisa: Wikipedia

2 comentários:

  1. Gostamos da maneira como o entrevistador conduz as perguntas ao Renan, pois dá uma expectativa em saber o que mais está por vir. Achamos que o assunto poderia talvez ter se estendido um pouco para o pronunciamento da mídia à população, ou até mesmo ao que foi divulgado e o que realmente estava acontecendo. O tema foi uma ótima escolha. O blog está bem clean facilitando a navegação. Pena não ter a foto dos integrantes do grupo para sabermos quem são.
    Também não vimos relação do artigo "Os Sete" com o restante do blog.

    Parabéns pelo trabalho!

    Grupo Vida de Designer
    http://unipdg.blogspot.com/

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  2. Bom gostei muito do formato , bem simples a leitura boa de ser lida só faltou mais texto , mas o resto estão de parabéns sei que o tempo foi curto .

    Douglas
    http://info.ememo.com.br/

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