A tempestade Irene que começou na região da Costa Rica, em agosto de 2011, ganhou forças e em poucos dias teve seu status elevado para furacão.
Em seu trajeto, saído da Costa Rica, passou por Haiti, República Dominicana, estados norte-americanos como Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e do Sul, até alcançar a cidade de Nova Iorque, causando estragos de enormes proporções e gastos de até 3 milhões de dólares.
De acordo com meteorologistas, embora nesse trajeto, o furacão Irene tenha perdido força, o perigo é o mesmo, pois os fatores de maior ameaça pode não ser apenas o vento, como também o tamanho da tempestade e a sua duração, que pode trazer sérios danos a prédios, derrubar árvores e causar enchentes em determinadas áreas da cidade .
Um dos receios durante o dia de ontem era que a tempestade provocasse a subida das águas do Rio Hudson, em Nova Iorque , afetando a zona empresarial na baixa de Manhattan. Em Wall Street , sacos de areia foram colocados às portas de entrada do metro, que pela primeira vez na História foi encerrado devidos às condições meteorológicas.
Para o diretor da Federal Emergency Management Agency (FEMA), Craig Fugate, a diminuição da categoria para tempestade tropical "não conta a história toda" e a situação continua a ser perigosa. "Algumas das piores inundações no nosso país foram provocadas por tempestades tropicais", alerta.
Na véspera da chegada do furacão Irene à cidade, medidas preventivas foram tomadas afetando milhares de pessoas.
Cerca de 1,6 milhão de pessoas vivem em Manhattan, e 6,8 milhões moram em regiões como Queens, Bronx, Brooklyn e State Island. 370 mil moradores residentes em áreas baixas, que podem sofrer com inundações, foram colocados em abrigos em áreas mais seguras.
O sistema público, que conta com ônibus, metrô e trem, e atende mais de 5 milhões de pessoas em um dia útil, foi fechado. Os cinco aeroportos, dentre eles os de La Guardia , o John F. Kennedy International e o Newark, que atendem a cidade suspenderam pousos domésticos e internacionais, afetando 8,3 mil vôos e seus passageiros, dentre eles centenas de turistas que visitam constantemente a cidade.
Ainda afetando a estrutura turística da cidade, ordens de evacuação entraram em vigor suspendendo serviços como, por exemplo, os passeios de barcos que partem de Battery Park City levando turistas até a Estátua da Liberdade.
Furacões da magnitude do Furacão Irene são um fenômeno raro na costa leste dos Estados Unidos. Os últimos a provocarem danos na região foram o furacão Bob, em 1991, e o Glória em 1985.
Depois do Irene
O furacão Irene atingiu Nova Iorque na madrugada do dia 28 de Agosto, transformando a cidade quase em uma cidade fantasma.
Cerca de 40 mil casas estão sem energia e muitas árvores caíram, interditando ruas e destruindo carros.
Os meteorologistas já haviam alertado que haveria a hipótese de o nível do mar subir e a água inundar na baixa da cidade as centenas de galerias subterrâneas por onde passam canos e cabos elétricos, fazendo com que o centro financeiro dos Estados Unidos paralisasse e milhares de pessoas ficassem sem energia.
Na Times Square, lojas foram protegidas com madeira nas janelas e sacos de areia foram colocados à porta.
Poucas pessoas se arriscaram a sair às ruas, principalmente depois de o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, pedir a todos que fiquem em casa. Alguns táxis continuaram a circular enquanto alguns habitantes tentavam chegar a casa ou aos hotéis para fugir do mau tempo.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) o Irene chegou a alcançar, nesta sexta, o nível 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos a uma velocidade de
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